quinta-feira, 26 de junho de 2008

Trindade Coelho: centenário da morte (1861-1908)

Em Lisboa, a Câmara Municipal está a trabalhar em parceria com outras entidades para produzir um programa à altura do jornalista, escritor e jurisconsulto de Mogadouro: Francisco José Trindade Coelho (1861-1908). O descerramento de uma lápide evocativa na casa onde viveu os seus últimos dias - na Rua Larga de São Roque, nº 20, 4.º andar (actual Rua da Misericórdia) - assinalará o arranque das comemorações. A cerimónia está agendada para o dia 9 de Agosto, data fatídica em que o escritor se suicidou, e vai ser precedida da apresentação institucional da programação municipal, que se estenderá pelos meses de Setembro e Outubro.

O objectivo é que essa programação reflicta toda a diversidade da vida e da obra de Trindade Coelho - o que não é pouco, atendendo à sua apurada consciência cívica, que sempre o induziu a uma ampla intervenção no âmbito das áreas profissionais em que desenvolveu actividade.

A sua iniciação no jornalismo começou cedo, quando estava ainda o Colégio do Porto. Depois, já na Universidade de Coimbra, onde cursou Direito, colaborou em vários jornais, como o Progressista, o Imparcial, entre outros, sob o pseudónimo "Belisário". Foi mesmo o fundador de uma folha, A Porta Férrea, que se tornou muito popular entre a academia, assinando então já os artigos com o seu nome. Além desta, fundou ainda a revista Panorama Contemporâneo, ao mesmo tempo que escrevia crónicas para vários jornais de província, como o Tirocínio, a Beira, o Douro, e mesmo para jornais de referência, como o Diário Ilustrado, Diário de Lisboa, e o Jornal da Manhã, do Porto. Foi em Coimbra que conheceu Camilo Castelo Branco, do qual ficou amigo. Refira-se ainda que Trindade Coelho foi um dos fundadores da Associação dos Jornalistas de Lisboa, para a qual redigiu os respectivos estatutos.

Em 1885, concluído o curso, passou a dedicar-se à advocacia. Ocupou depois o cargo de administrador do concelho interino e foi delegado do Procurador Régio em Portalegre, onde esteve 4 anos. Aqui fundou 2 jornais: Gazeta de Portalegre e Comércio de Portalegre, de que foi redactor literário. Em 1891, está em Lisboa, a servir no tribunal auxiliar do 2.º distrito, primeiro com o conselheiro Neves e Sousa e depois com Francisco Maria da Veiga. Na capital trabalhou na redacção de 3 jornais diários, Portugal, Novidades e Repórter, fundou a Revista Nova e, com o juiz Francisco Maria Veiga, a Revista de Direito e Jurisprudência. Destacou-se na defesa, em África, de 33 réus presos sob a acusação de crime político, que foram absolvidos com os seus acusadores a serem presos e punidos. Regressado em Lisboa, retomou o seu cargo no tribunal fiscal. Em 1895 é nomeado novamente delegado do procurador régio, em Lisboa, sendo exonerado, a seu pedido, em 1907. Um ano depois suicida-se.

À sua obra mais famosa, o livro de contos Os Meus Amores, juntam-se: Terra Mater, que saiu na colecção de brindes do Diário de Notícias, Primeiras Noções de Educação Cívica (1906), Manual Político do Cidadão Português, In Illo Tempore, narrativas da vida coimbrã (1902), Dezoito Anos em África (1898), vários Folhetos para o Povo e, para o ensino, 1.º. 2.º e 3.º Livros de Leitura, Elementos de Educação Cívica e Pão Nosso ou Leituras Elementares e Enciclopédicas para uso do Povo.

Trata-se, portanto, de uma figura incontornável da cultura e das letras portuguesas, cuja vida e obra carece de uma nova abordagem historiográfica e literária. Por outro lado, parte da sua vida decorre em Lisboa, cidade com a qual estabeleceu laços e memórias importantes, plasmadas, por exemplo, na toponímia da cidade, com o Largo Trindade Coelho.

Sobre a programação, embora ainda em fase de acerto, podemos adiantar que incluirá:

Duas mostras bibliográficas e documentais ─ uma, centrada na sua obra periodística, tendo por base a colecção da Hemeroteca Municipal (2.ª quinzena de Setembro – Outubro) e outra que, a partir do espólio da Biblioteca Municipal Central, focará a sua obra literária e jurídica (2.ª quinzena de Setembro – Outubro);

Um ciclo de colóquios, intitulado Trindade Coelho, Vida e Obra Cem Anos Depois (1908-2008) ─ o primeiro será dedicado a Trindade Coelho, Jornalista (2.ª quinzena de Setembro), no âmbito do qual está já confirmada a comunicação de António Valdemar (jornalista do Expresso e Membro da Academia de Ciências de Lisboa); o segundo versará sobre Trindade Coelho, Escritor (1.ª quinzena de Outubro), para o qual é já certa a participação de Ernesto Rodrigues (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa); o terceiro aborda o tema de Trindade Coelho, Política e Cidadania no Portugal de Oitocentos, que contará com a colaboração, entre outros, de Luís Bigotte Chorão (Centro de História da Universidade de Lisboa e Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra), durante a segunda quinzena de Outubro. As comunicações terão lugar em vários equipamentos municipais e espaços culturais da cidade de Lisboa (Hemeroteca Municipal, Casa Fernando Pessoa, Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro e Biblioteca Municipal Central).

Animação de rua, no Largo Trindade Coelho (Bairro Alto), com Alfarrabistas, feira de produtos regionais de Trás-os-Montes e Alto Douro, e espectáculos musicais.

Digitalização e disponibilização em linha, através da Hemeroteca Digital (http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/), de alguns textos jornalísticos de Trindade Coelho, além de recursos informativos de natureza diversa: programa das comemorações, apontamentos biográfico e bibliográfico, incluindo as ligações às obras de e sobre Trindade Coelho existentes no Catálogo das Bibliotecas Municipais de Lisboa (http://catalogolx.cm-lisboa.pt/#focus); indicação organizada de outros endereços electrónicos com informação relevante na Internet; recensões e/ou actas digitais das comunicações entretanto apresentadas nos colóquios referidos;

Lançamentos/apresentações de livros publicados sobre Trindade Coelho, no âmbito do centenário da sua morte, cerimónias que poderão ter como palco o Teatro Municipal S. Luís – Jardim de Inverno;

Edição de catálogo, centrado na mostra bibliográfica da Hemeroteca Municipal e que ficará como registo e memória desta efeméride.

Sessão solene de encerramento do centenário, que terá lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Olhadela a Trás-os-Montes

por Armando Jorge Silva

Em Maio, andei peregrinando por terras de Trás-os-Montes. No final resultaram saudades mortas, memórias revividas, reencontros aguardados, emoções sentidas, informações novas recolhidas e a vontade irresistível de querer regressar sempre.

Entrei em Trás-os-Montes pelo Minho. Em Braga, no Santuário do Sameiro, onde comemorávamos o 44º aniversário do embarque para Angola, aos camaradas militares do B.Caç.670 tive a oportunidade de dizer: "Foi e continua a ser o sentimento orgulhoso do dever cumprido para com a Pátria que nos congrega e nos torna amigo solidários".

Apanhei a auto-estrada A7, em Fafe, já a meio do trajecto, mas ainda a tempo de contemplar a configuração do seu lançamento em terras transmontanas. Depois, tive o ensejo de percorrer, pela primeira vez, o troço da A24, entre Vila Pouca de Aguiar e Chaves (fronteira). À medida que galgava quilómetros e quilómetros embalado na rapidez e segurança que as auto-estradas proporcionavam, perante o quase nulo trânsito que encontrava dei comigo a pensar ser aquele faraónico investimento um desperdício injustificável e louco para o País. Pensei melhor e do mau pensamento me arrependi. De facto, se queremos um Trás-os-Montes moderno, progressivo, capaz de rentabilizar potencialidades e arrancá-lo do ancestral atrofiamento é forçoso abrir-lhe portas e fronteiras. As acessibilidades são fundamentais. E elas aí estão, cada vez mais e melhores. O futuro da nossa terra, desenha-se. Trás-os-Montes já não é aquela terra distante, isolada entre montes, carente de civilização. É já ali, a poucas horas, com um manancial de riquezas naturais e humanas para conquistar e usufruir. O que vimos dá-nos essa esperança, garante-nos essa certeza.

Percorri, como explorador enfeitiçado por terra virgem, a serra do Alvão. Alvadia, Macieira, Lamas d'Olo, Travassos, Vilar de Ferreiros, já no concelho de Mondim de Basto, encontram-se hoje ligadas por estrada asfaltada e proporcionaram a oportunidade de saciar-me sofregamente com a imensidade da paisagem serrana.

Estive em Vila Pouca de Aguiar, Chaves, Valpaços, Vila Real. Olhei com a força de quem quer ver. Equipado com máquina fotográfica registei imagens para confirmar ideias. Vilarandelo, Vale de Casas, Fornos do Pinhal, Sonim, Barreiros, Santa Valha, Ervões e localidades anexas, Vassal, todas no concelho de Valpaços, serviram-me de ensaio.

Observei vilas e cidades reparadas, limpas, ordenadas, equipadas com as valências modernas necessárias para garantir qualidade de vida. Constatei o resultado feliz de um trabalho feito e os benefícios de um investimento aplicado.

No entanto, nas aldeias pairam em cada canto os sinais evidentes da desertificação humana. Uma realidade há muito tempo prevista e agora irreversivelmente confirmada.

Não surpreende, mas torna-se dolorosa. Entra-se nas aldeias, vêem-se igrejas, capelas, cemitérios, moradias, pequenos largos e singelos monumentos, percorrem-se ruas empedradas, bate-se à porta das casas, novas ou reparadas. Procura-se uma informação. Responde-nos o silêncio. O silêncio de algo que outrora falava, que enchia os ares dos gritos de crianças e os campos das vozes de humanos e animais. Agora, ninguém. Talvez no café... Sim, no pequeno café ou então no Lar da Terceira Idade ainda é possível que algum velhinho ou velhinha nos possa ajudar.

É um mundo que acaba, outro que começa. Um arranjo demográfico novo se instala progressivamente nas terras transmontanas. O mundo do amanhã não muito remoto será diferente do mundo de ontem que conhecemos e vivemos. As vilas e cidades crescem e neste crescimento participa a população das aldeias. Em Vila Pouca de Aguiar, na noite de 12 de Maio, presenciei uma tocante e ordenada procissão de velas com mais de 2.000 pessoas.

Chaves mostra nas ruas, cafés e restaurantes uma apreciável movimentação de pessoas. Nesta época, a profusão dos seus canteiros relvados e floridos de amores-perfeitos faz de Chaves um encantador jardim adornando vielas, ruas, praças e monumentos.

A estrada nacional 213, que liga Chaves e Valpaços está a receber obras profundas de reparação que eliminarão, em breve, muitas curvas incómodas e perigosas e aproximarão as duas cidades do Alto Tâmega.

Vila Real, que outrora saboreei como linda mas pequena cidade, cresceu. Demonstrando uma macrofagia insaciável, em poucos anos, absorveu as freguesias satélites de Lordelo, Vila Marim, Parada de Cunhos, Folhadela, Borbela, Mateus e outras integrando-as na malha urbana. Maior, muito maior, equipada com múltiplas e variadas estruturas, construindo-se em cada dia com os olhos postos no futuro, Vila Real continua acolhedora como sempre, mas agora mais limpa, asseada, vistosa, ordenada, arborizada e florida.

Neste meu périplo terrestre transmontano, em Maio chuvoso e frio, deixei Vila Real sob impressionante dilúvio e, por Viseu, regressei a Lisboa para viver a cada hora que passa o misterioso e trágico destino da sarça ardente que sempre arde e nunca se consome. Trás-os-Montes e Alto Douro, meu amor.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

MARVILA DOS SABORES

Vai ter lugar, no período de 19 a 22 de Junho (inclusive), no parque de estacionamento do "Instituto Superior de Engenharia de Lisboa", sito na Rua Conselheiro Emídio Navarro, o evento designado por "MARVILA DOS SABORES", promovido pela "Junta de Freguesia de Marvila" e pelo seu "Conselho Marvilense" e com a colaboração de diversas associações e empresas, entre as quais a "CASA DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO (CTMAD)" de Lisboa.

Trata-se de um festival de cultura e gastronomia regionais em que cada um dos dias foi atribuído a uma Região, tendo o dia 21 de Junho (Sábado) sido atribuído, em simultâneo, ao Minho e a Trás-os-Montes e Alto Douro.

CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA.

Em permanência e durante todos os dias vão estar presentes os nossos tradicionais vendedores ("Padaria Moutinho", "Douro Caves", "Sr. Jorge, de Vinhais" e "Pastelaria Nilde"), teremos o nosso conceituado artista plástico José Augusto Coelho com um stand para exposição e venda das suas obras e a CTMAD estará, também, em stand próprio, para a todos acolher com amizade e carinho.

No dia 21 de Junho (Sábado) teremos as especiais actuações da Tuna Musical de Bisalhães (cerca das 15.30h), do pequeno acordeonista que nos encantou e deliciou na Festa do Folar (cerca das 17.30h) e, por último, dos nossos queridos artistas do Grupo Maranus (cerca das 22.00h).

CAROS AMIGOS E ASSOCIADOS:

A vossa participação será naturalmente bem vinda e dará o indispensável estímulo para o evento se repetir.

O acesso é fácil, tome nota: METRO: Estação de CHELAS; AUTOCARROS: Na R. Conselheiro Emídio Navarro: N.º 755 e 794 Nas proximidades (Av. Dr. Augusto de Castro) N.º 718; N.º 759; N.º 49

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Apresentação do livro "Maria Pia, Rainha Mulher"

Convite

O Presidente da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, tem a honra de convidar Vossa Excelência para a apresentação do livro "Maria Pia, Rainha Mulher", da autoria de José Manuel Pavão e João Cerqueira que terá lugar na Biblioteca do Palácio da Ajuda, dia 24 de Junho de 2008 pelas 17,30 horas.

A apresentação do livro será feita pelo Exmº Senhor General António Ramalho Eanes

As figuras do Rei D. Luís I e da Rainha D. Maria Pia estarão representadas respectivamente por Vasco Saldanha e Emanuelle Afonso.

terça-feira, 10 de junho de 2008

10 DE JUNHO, DIA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES

Mensagem do Presidente da República às Comunidades Portuguesas

Nesta celebração do Dia de Portugal, mas também das Comunidades Portuguesas, quero saudar de forma muito particular todos os Portugueses da diáspora, dirigindo-lhes uma mensagem de estímulo e de reconhecimento.

Desde o início do meu mandato tenho tido a preocupação de realçar o mérito dos Portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro, o importante papel que desempenham na afirmação de Portugal no mundo, que tive a oportunidade de testemunhar em diversas ocasiões.

Foi o que aconteceu, há pouco menos de um ano, quando me desloquei aos Estados Unidos da América para visitar as comunidades das áreas de Boston, Fall River, New Bedford e Newark ou, mais recentemente, quando, no Rio de Janeiro e em Maputo, contactei com Portugueses que vivem e trabalham no Brasil e em Moçambique.

Sabemos que não é de hoje a aventura portuguesa no mundo. Mas, se os Portugueses que partiram da sua pátria têm uma história feita de determinação e de engenho, têm também um presente e terão, certamente, um futuro que importa valorizar.

Foi com este objectivo que decidi apoiar a criação do "Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa", que tive a oportunidade de anunciar no ano passado, durante a minha visita à comunidade portuguesa no Luxemburgo.

Este prémio pretende reconhecer cidadãos portugueses que, pela sua capacidade de empreender e de inovar, se tenham distinguido, quer pela sua acção nos seus países de acolhimento, quer pela sua relação com Portugal.

Sei que este é apenas um pequeno contributo. Sei como as gerações de Portugueses espalhados por todo o mundo têm sido a expressão do espírito empreendedor português, da capacidade de assumir riscos, do esforço e da ambição de ir mais além. Mas sei, igualmente, que todos somos necessários para mobilizar esse enorme capital social que a diáspora portuguesa representa.

A facilidade de comunicação e a rapidez de transferência de conhecimento, que caracteriza a globalização, configura um novo desafio para Portugal, mas simultaneamente uma nova realidade para a nossa diáspora.

Se no passado muitos partiram sem saber se algum dia teriam a possibilidade de regressar, hoje as distâncias encurtam-se e todos os Portugueses podem estar bem mais próximos uns dos outros e do seu País.

Por isso, neste Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, apelo à mobilização desse imenso capital social e humano, que são os cinco milhões de Portugueses e de luso-descendentes que vivem e trabalham no estrangeiro.

Os recursos e os conhecimentos dos Portugueses no exterior podem contribuir para uma maior afirmação de Portugal no plano internacional, apoiando, por exemplo, a entrada de produtos e de empresas nacionais em novos mercados.

Por outro lado, Portugal deve saber atrair e acarinhar os Portugueses que, estando no exterior, pretendem regressar e, desta forma, contribuir com investimentos, formação e experiência para o desenvolvimento económico e social do País.

Essa mobilização poderá ser feita com o empenhamento da sociedade civil, devendo ser complementada e consolidada através do desenvolvimento de mecanismos formais - como por exemplo, as câmaras de comércio, as novas redes comerciais, sem esquecer as instituições tradicionais de origem portuguesa. Mas, sendo este um desígnio nacional, caberá ainda ao Estado português fomentar as relações entre Portugal e as suas comunidades.

Neste Dia de Portugal, não poderia deixar de evocar esse extraordinário génio literário, cujo dia também hoje se celebra, Luis Vaz de Camões. A sua maior obra, "Os Lusíadas", expressão máxima da nossa língua, nunca teria sido escrita se também ele, um dia, não tivesse partido à descoberta de "novos mundos".

Comemorar o Dia de Camões é celebrar a Língua Portuguesa. Também no domínio da valorização da nossa língua e da nossa cultura, o papel fundamental das comunidades portuguesas não pode ser esquecido.

A todos os Portugueses que residem e trabalham no estrangeiro deixo, mais uma vez, uma palavra de apreço e de reconhecimento.

Sei que podemos contar convosco. Podem e devem contar com Portugal.



Convívio dos naturais e amigos de Cerva

por Sofia Miranda

No passado dia 25 de Maio do corrente ano realizou-se mais um convívio dos naturais e amigos de Cerva e freguesias próximas.

Esta reunião celebrou, mais uma vez, a união de todos aqueles que um dia se deslocaram da sua terra Natal em busca de novas oportunidades, sem contudo esquecerem as suas raízes. O almoço teve lugar (tal como no ano passado) na Casa da Azenha, em Vale de Lobos e contou com a presença de conterrâneos, familiares e amigos. A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro esteve representada na figura do seu vice-presidente, o coronel António Cepeda e respectiva esposa, que muito nos honraram com a sua presença. Foi solicitada a colaboração de todos no sentido de se tornarem sócios e dinamizarem/participarem nos projectos da nossa casa.

Após a refeição houve discursos, cantou-se o hino de Cerva e um dos amigos desta freguesia animou-nos ao som da concertina.

À tarde contámos com a presença de um rancho folclórico (a quem muito agradecemos) e para terminar a festa foi servido um faustoso lanche, seguido de um grandioso bolo.

A todos os que estiveram presentes neste amistoso convívio um "bem-haja" e para o ano, no último Domingo do mês de Maio, não se esqueçam...haverá mais!!!

Até para o ano...


domingo, 8 de junho de 2008

Aprecie Mirandela

Continua o Ciclo Cinema Português
História de Portugal em Mirandela

De 2 a 9 de Junho, o Município de Mirandela vai acolher um Ciclo de Cinema Portugal, com sessões às 14.30 horas para as escolas e às 21 horas para o público em geral.

O Ciclo inicia-se em 2 de Junho com o filme «Desmundo», de Alain Fresnot, e termina no dia 9 de Junho com a película «O Judeu», de Jon tob Azulay segundo consta no cartaz .

O Poder Local e Regional na Assembleia Constituinte

No dia 6 de Junho, às 18 horas, no Museu Municipal, vai ser apresentado o livro do mirandelense José António Costa Ferreira «O Poder Local e Regional na Assembleia Constituinte», uma edição da Assembleia da República e da D. Quixote. A apresentação estará a cargo do Dr. Artur Soveral Andrade e no fim haverá um período de debate sobre o tema da obra. VIII Bienal de Pintura 2008-2009 - Eixo Atlântico

De 5 a 27 de Junho estará patente ao público a VIII Bienal de Pintura 2008-2009 do Eixo Atlântico no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes, de 2ª a 6ª das 9.00 às 12.30 horas e das 14 às 17.30 horas e sábados das 14.30 às 18 horas. A Cerimónia de Abertura da exposição será no dia 5 de Junho, pelas 18 horas, no Museu Armindo Teixeira Lopes. I Adegas - Festival de Tunas Académicas de Mirandela

No dia 7 de Junho, a partir das 23 horas, a Tuna In Vinus Tuna vai organizar um Festival de Tunas no Parque do Império. Nesse dia inicia-se o Europeu de Futebol e a CMM instalará nesse local um écran gigante para seguir o encontro da selecção portuguesa. Participarão as seguintes Tunas: Carpetuna, Estudantina de Castelo Branco, Tuna de Ciências do Porto «Javardémica», Transmontuna. São Tunas convidadas: TônaTuna (IPB) e TunaMira (IPB-ESTGM). Contactos para reservas / informações: invinustuna@hotmail.com ou telemóvel 912131729.

III Estágio de Orquestra Sinfónica

O Instituto Jean Piaget, com o apoio da Câmara Municipal de Mirandela e da Esproarte, vai levar a cabo o III Estágio de Orquestra Sinfónica com o maestro convidado Carlos Riazuelo e com os solistas Roberto Valdês (violino) e Raymond Arteaga (viola). Será no dia 10 de Junho, pelas 21.00 horas na Igreja dos Salesianos. Interioridade e Centralismo

A Câmara Municipal e a Assembleia Municipal de Mirandela vão organizar um ciclo de conferências / debate, subordinados ao tema genérico "9 Meses de Inverno e 3 de Inferno". A primeira conferência terá lugar no dia 13 de Junho, às 18.30 horas, no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes, alusiva ao tema "Interioridade e Centralismo", sendo conferencista o Prof. Dr. Miguel Cadilhe. Teatro "A Dama de Negro" Pelo Grupo de Teatro do municipio de Mirandela, Dia 13/06/2008 pelas 21:30 .

E...

:: 2008-06-13 <> 12ª Concentração Motard

:: 2008-06-21 <> Byke Paper Patrimonius 2008

:: 2008-06-29 <> IV Festival Música Jovem

:: 2008-07-05 <> 1º Bike Fest - Dirt Cachão

:: 2008-07-25 <> Festas da Cidade e Nª Srª do Amparo

Novidades da biblioteca

Em http://livros.cm-mirandela.pt/, podem ser pesquisados livros, possibilitando ainda a sua reserva sem ter que se deslocar à biblioteca a fim de verificar a sua disponibilidade. Para proceder à reserva, terá que entrar na área do utilizador e preencher na caixa de utilizador, o n.º de utilizador que está no seu cartão de utente da Biblioteca, e na senha de acesso, o n.º do seu bilhete de identidade. Caso o documento seleccionado se encontre emprestado, será notificado através de e-mail ou telefone, quando este der entrada na biblioteca, permanecendo cativo durante 24 horas para o utente que procedeu à sua reserva.

Sistema de Segurança

Já se encontra em funcionamento o sistema de segurança da biblioteca, que permite a detecção de roubos do espólio bibliográfico. Este sistema, permite ainda, a contagem do número de utilizadores da biblioteca municipal, a título de curiosidade, o sistema contabilizou a entrada de 6.370 utilizadores no período de 16 de Abril a 13 de Maio de 2008.

sábado, 7 de junho de 2008

Senhor da Piedade

Lá no alto, pertinho do Céu, naquele singular cabeço,
O Senhor da Piedade, Jesus Cristo crucificado,
Que aquele Povo venera, aquele Povo abençoado,
Que sobe a ladeira, cantando ou rezando o terço!...

Que imagem divina!... majestosa!... tanto do apreço
De almas piedosas, onde infunde claridade,
É este Jesus, Divino Senhor Jesus da Piedade,
Esperança dos Homens!... imagem que não esqueço!...

No seu Dia maior, com rosto suave e clemente,
Vem àquele Encontro, momento supremo e comovente,
De preces sentidas, de emoções, de maior Saudade!...

Ouve-se o silêncio!... vem passando Nossa Senhora!...
Dois rostos Divinos que são de Sol nascente da Aurora!...
No seu Andor, sempre:... Senhor Jesus da Piedade!....


À minha Mãe

JoséAgostinhoFins
Agrochão - Vinhais
(fins.707@gmail.com)

terça-feira, 3 de junho de 2008

"MULHER DESAPARECIDA A SUL" - novo livro de Modesto Navarro

LANÇAMENTO NA CTMAD DIA 5 DE JUNHO ÀS 18.30H
APRESENTAÇÃO PELO ESCRITOR DOMINGOS LOBO


Com a chancela Edições Cosmos e primeiro livro da colecção Nova Biblioteca, acaba de sair mais um livro do nosso associado Modesto Navarro.

Desta feita brinda-nos o autor com o romance "Mulher Desaparecida a Sul".

Sem pretender tirar a oportunidade ao nosso leitor de no dia do lançamento colocar as suas perguntas a Modesto Navarro, o Notícias de Trás-os-Montes e Alto Douro entendeu por algumas questões ao autor.

NTMAD - Contos Transmontanos, Morte no Douro, Histórias do Nordeste, Lá em Cima na Montanha e Morte em Vila Flor são, entre outros, livros seus.

Porquê esta fuga para Sul?

MN - Trata-se realmente duma fuga mas também duma libertação. É uma história de amor, de desencanto, de angústias que se desenrolam entre o nordeste e o sul.

NTMAD - E há gente da nossa que participa na narrativa?

MN - Há um trasmontano, como um de nós, que perplexo pelas mudanças que passam diante de si, sonha com uma vida melhor e mais digna.

NTMAD - E cumpre o sonho?

MN - Faz depender esse objectivo do reencontro com uma mulher que está sob ameaça no mundo familiar ao qual pretende sobreviver e perante o qual pretende afirmar-se.

NTMAD - Quer dizer que a história não é conclusiva?

MN - Quer dizer que o leitor do livro é meu cúmplice. A ele caberá a resposta a essa pergunta.

domingo, 1 de junho de 2008

Mesa Redonda: "Trás-os-Montes: Autores e Cultura" no Pavilhão da APEL

2 JUNHO 2008 21.00 Âncora Editora "TRÁS-OS-MONTES: Autores e Cultura" Mesa Redonda com Amadeu Ferreira, António Chaves, Bento da Cruz, Ernesto Rodrigues, Rogério Rodrigues e Vítor Barros. Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro.
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